O convite para se filiar à nova legenda partiu das deputadas Gorete Pereira (CE), Magda Mofatto (GO), Zenaide Maia (RN) e Christiane Yared (PR), que visitaram a ministra em seu gabinete nessa quarta-feira (30). Outra possibilidade estudada pela ministra é voltar ao PSD, legenda à qual foi filiada e pela qual seu filho Irajá Abreu (PSD-TO) exerce o mandato de deputado federal.
Para compensar a debandada do PMDB, o governo oferece mais cargos para partidos como o PP e o PR. O objetivo é garantir apoio na votação do processo de impeachment. O Planalto precisa de ao menos 172 votos para barrar o pedido na Câmara.
“Estamos aqui para convidá-la devido ao carinho e a admiração que temos pela senhora como política e ministra”, disse Christiane. “Agregaria muito ao partido”, reforçou Zenaide Maia.
Kátia ainda resiste a deixar o partido. “Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil, enfrentaremos a crise”, escreveu ontem no Twitter. Ela disse que os ministros peemedebistas deixarão a presidente Dilma à vontade para recompor sua base no Congresso. “O importante é que na tempestade estaremos juntos”, acrescentou.
Até o momento, apenas Henrique Eduardo Alves, do Turismo, deixou o ministério. Além de Kátia, outros cinco peemedebistas ainda continuam no governo: Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Marcelo Castro (Saúde), Helder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (Aviação Civil) e Eduardo Braga (Minas e Energia).
Na última terça-feira (29), o diretório nacional do PMDB decidiu, em três minutos, por aclamação desembarcar do governo, aos gritos de “fora, PT” e “Temer presidente”. Os petistas acusam o vice-presidente Michel Temer de conspirar contra Dilma.
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