A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, pode assumir amanhã (4) a presidência da República, por causa da viagem que o presidente Lula fará à Argentina.
O presidente viaja acompanhado pelo vice, José Alencar; pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP); e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Pela linha sucessória, o vice assume a Presidência quando o presidente viaja para o exterior. Quando o presidente e o vice viajam juntos, o segundo na linha sucessória é o presidente da Câmara. O terceiro é o presidente do Senado. Na ausência de todos eles, cabe ao chefe do Judiciário – ou seja, ao presidente do STF – o comando do Palácio do Planalto.
A presidente do Supremo declarou que considera “simbólico” assumir a Presidência, ainda que por apenas um dia.
“Como a posse no STF, acredito que seja um momento simbólico muito importante para as mulheres brasileiras e para a sociedade brasileira. É um marco de igualdade de gênero. Cada vez que se quebra um preconceito fica mais fácil perceber e quebrar outros (preconceitos) que existem na sociedade”, afirmou a ministra.
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A viagem de Lula a Argentina durará apenas um dia, mas Ellen Gracie deve voltar a assumir a Presidência por um período maior de tempo. É que Lula viajará para Viena de 11 a 13 deste mês, e também será acompanhado por Alencar, Aldo e Renan.
Impedimento eleitoral
Se Aldo ou Renan ficassem no Brasil, na ausência de Alencar, um deles seria obrigado a assumir a Presidência da República no lugar de Lula. Nesse caso, quem assumisse o lugar ficaria impedido de disputar as eleições de outubro.
A assessoria de Renan informou, entretanto, que ele ainda não decidiu se vai viajar com Lula. Nesse caso, ele pode assumir a Presidência no lugar de Gracie. Renan tem mais quatro anos de mandato e não pensa em disputar o próximo pleito.
Na viagem à Argentina, Lula se encontrará com o presidente Néstor Kirchner, em Puerto Iguazu, para discutir a crise da Bolívia, que anunciou no domingo a nacionalização do gás e petróleo.
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