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Como este site mostrou em 31 de março, a Procuradoria-Geral da República (PGR) incluiu Arthur Lira em denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra um grupo de sete políticos do Partido Progressista, por corrupção e ocultação de bens, no âmbito da Lava Jato – cinco deputados federais e dois ex-deputados. Na denúncia da PGR, o PP figura como receptador de propina da diretoria de Abastecimento da Petrobras, de acordo com as investigações e delações premiadas.
No caso específico de Arthur de Lira, foi a segunda denúncia que ele enfrentou na Lava Jato. A primeira foi feita também contra seu pai, senador Benedito de Lira (PP-AP). Ambos são suspeitos de receber repasses ilícitos da UTC relacionados às obras da Petrobras. Segundo a PGR, Arthur ainda foi flagrado visitando o escritório do doleiro Alberto Yousseff, em São Paulo, para buscar dinheiro. Um dos condenados na investigação, Yousseff é delator na condição de um dos principais operadores do núcleo financeiro do esquema de corrupção.
Ex-presidente do mais importante colegiado da Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça, Arthur Lira figura como investigado nos inquéritos 3989, 3994 e 3996, os três em tramitação no STF devido à prerrogativa de foto privilegiado. Os processos apuram se o deputado do PP cometeu crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. A suspeita surgiu após Youssef afirmar que pagou despesas do deputado na campanha de 2010.
Segundo o doleiro, Lira recebia de R$ 30 mil a R$ 150 mil mensais, referentes à cota do PP no esquema de propina. É investigado, ainda, no Inquérito 3515, por lavagem de dinheiro. O parlamentar disse que não tem envolvimento com os casos e que os inquéritos serão encerrados por absoluta falta de provas.