Rodolfo Torres
Reportagem do Jornal Nacional desta terça-feira (18) revela que o senador Efraim Morais (DEM-PB) foi denunciado à Polícia Federal por suspeita de contratação de funcionários fantasmas. A denúncia partiu de duas estudantes de Brasília.
As irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva explicam que acreditavam receber mensalmente R$ 100 por meio de uma bolsa de estudos que duas amigas teriam conseguido junto à Universidade de Brasília (UnB). Para tanto, as irmãs assinaram procurações que iriam para a universidade
No mês passado, Kelriany, até então sem emprego fixo, conseguiu um emprego e foi ao banco abrir uma conta. Foi quando descobriu que ela e a irmã já tinham contas correntes, e estavam empregadas no gabinete do senador paraibano. O salário de cada uma: R$ 3,8 mil.
Nos documentos entregues à Polícia Civil, Kelriany e Kelly aparecem na relação de funcionários do gabinete de Efraim. Uma das amigas que pediu a procuração é Mônica da Conceição Bicalho, que trabalha para o parlamentar.
Por meio de nota, Mônica afirma que Efraim não sabia da contratação dar irmãs, e que elas prestavam serviços externos ao gabinete e não mantinham contato direto com o senador.
O caso também chegou à Presidência do Senado. O parlamentar não quis conversar com o Jornal Nacional sobre o assunto.
Confira a íntegra da nota de funcionária de Efraim
Eu, Mônica da Conceição Bicalho, Bacharel em Direito, especialista em Direito do Estado pela Universidade Cândido Mendes habilitada pelo instituto ATAME, funcionária do Senado Federal, responsável em acompanhar projetos de Lei nas comissões, pelo acompanhamento de atividades orçamentárias.
Em março de 2009, devido a abertura de 02 vagas no núcleo profissional do gabinete e a excessiva demanda na minha área de atuação, fiz solicitação a chefia de gabinete de preenchimento das vagas para pessoas que pudessem me auxiliar em minhas tarefas e para tanto apresentei os currículos das minhas amigas Kelly Nascimento Da Silva e Kelriany Nascimento Da Silva, com as quais convivo há cerca de 20 anos e crescemos nos considerando como sendo da família.
Foi autorizada pelo Gabinete a contratação de ambas e a partir de então passaram a prestar serviços sob a minha coordenação no núcleo de orçamento e jurídico em atividades externas.
A partir de então ambas entraram em acordo com minha irmã Kátia Conceição Bicalho, para que esta também participasse das atividades, porém sem vínculo formal e deixaram sob a sua responsabilidade a administração dos vencimentos através de procuração específica para movimentação da conta-corrente, o que comprova absolutamente que elas tinham conhecimento específico da finalidade da mesma e concordavam com seu objeto.
NÃO FOI LEVADO AO CONHECIMENTO DO SENADOR EFRAIM MORAIS ESTA SITUAÇÃO IRREGULAR, haja vista que elas prestavam serviços externos sob minha coordenação e não mantinham contato direto em sua atividade com o Senador.
Desde o início do mês desentendimentos de ordem familiar e de foro íntimo levaram a um estremecimento da relação pessoal e infelizmente chegaram a este ponto de entrarem com um boletim de ocorrência com informações inverídicas, na qual todas as acusações recaem sob a minha irmã Kátia Conceição Bicalho e a mim, que trabalhávamos em parceria no mesmo núcleo.
Mônica da Conceição Bicalho
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