O aumento de 91% no salário dos parlamentares (que ganharão R$ 24.500 a partir do próximo ano), concedido na última quinta-feira (14) pelo Congresso Nacional vai desencadear um aumento em cascata nos salários dos deputados estaduais e distritais de todo o país. Até o momento, 19 Assembléias Legislativas (AC, AM, AP, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MS, PE, PI, PR, RJ, RS, SC, SP, SE e TO) já confirmaram que aplicarão o reajuste nos respectivos salários.
No Rio Grande do Norte e em Alagoas, a decisão de aumentar os salários dos deputados estaduais será tomada na próxima semana. Em Mato Grosso, em Roraima e na Paraíba o reajuste ainda não está na pauta. As únicas Assembléias que optaram por não apresentar projetos de aumento salarial são as de Rondônia e do Espírito Santo.
O presidente da Assembléia de Rondônia, Carlão de Oliveira (PSL), estava preso até o fim do mês passado sob acusação de liderar esquema de desvios de recursos da Casa. O deputado não foi reeleito.
Maluf também é contra o aumento aos parlamentares
O deputado federal eleito Paulo Maluf (PP-SP), o parlamentar mais votado do país, afirmou ontem (15) que também é contra o aumento nos salários dos parlamentares, decidido na última quinta-feira (14) após acordo no Congresso.
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Para Maluf, o reajuste dos atuais R$ 12,8 mil para R$ 24,5 mil é “ilegítimo”, pois supera o índice de reposição inflacionária do período. “O que estou pensando é que o aumento a cada quatro anos tem de ser mera reposição inflacionária e não foi assim”, disse.
Questionado sobre se o atual salário (R$ 12,8 mil) era pouco para um deputado, Maluf afirmou que “não é isso que está em questão”. “O salário é esse. Se ele acha ruim, que arrume outra coisa para fazer. Se quer ganhar R$ 20 mil igual promotor público, vai prestar concurso público e ser promotor para ganhar mais”, declarou.
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