Determinado a continuar colhendo assinaturas para pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a gestão dos fundos de pensão de empresas estatais, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou que tenha recebido qualquer pedido do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, contra a criação da CPI. “Não recuei um centímetro de minha posição”, assegurou o parlamentar ao Congresso em Foco.
Na manhã de hoje (3), após reunião com o presidente Lula, Múcio disse à imprensa que havia entrado em contato com parlamentares, entre eles Eduardo Cunha, para interceder contra a criação de uma CPI. Segundo o ministro, uma investigação desse porte traria desgastes para a Câmara nesse momento.
O deputado peemedebista, no entanto, negou que o ministro tenha feito qualquer contato com ele. “Quem ligou fui eu, na semana passada, para avisar que iniciaria a busca por assinaturas para o meu requerimento de CPI. Liguei porque achei gentil avisar o ministro antes de começar”, afirmou Eduardo Cunha.
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Múcio disse que a iniciativa de dissuadir a idéia da CPI entre os parlamentares foi pessoal, não do governo. Eduardo Cunha, mesmo fazendo parte da base aliada, parece não estar muito preocupado com o posicionamento do ministro. “Coloquei o meu pessoal para trabalhar nisso (colher assinaturas). Daqui dois dias faremos um balanço dando o resultado”, garantiu o deputado. (Daniela Lima)
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