Após cancelar reunião de hoje, amanhã a comissão especial que debate a PEC 121/2011, da reforma política, volta a se reunir para analisar o parecer da relatora deputada Renata Abreu (Podemos-SP). Pelo texto, o sistema eleitoral brasileiro será alterado, em 2022, do proporcional para o chamado “distritão”, e, em 2026, para o distrital misto.
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Ao Insider, o líder do PT, deputado Bohn Gass (RS), afirma que o método de discussão da PEC é um problema, mas que o conteúdo do texto é ainda pior. ”É um casuísmo oportunista”, critica. A pressa e a falta de transparência das discussões da proposta têm sido criticadas por parlamentares e por organizações da sociedade civil. Nesta quarta-feira (4), a comissão chegou a iniciar sessão às 22h50 para debater o tema.
Para o líder, o distritão é o total desvirtuamento da representação, impedindo ou dificultando a renovação do Legislativo, reduzindo a opção de candidatos, e torna a eleição uma disputa entre indivíduos, não entre projetos. “É o desvio da política”, diz.
Bohn Gass avalia que, hoje, a representatividade no Legislativo já está desvirtuada, com poucas mulheres, negros, e indígenas, por exemplo. O líder afirma que os defensores do distritão são apenas os deputados que pensam apenas em se reeleger no ano que vem, sem considerar o futuro da democracia. A oposição trabalha para evitar a votação nesta sexta (6) e continuar as discussões do tema na semana que vem.
Veja a íntegra do substitutivo da relatora:
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