O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou hoje (11) em São Paulo que a economia brasileira pode crescer 5% ao ano. No entanto, para que tal fim seja atingido, o governo precisa adotar “uma série de medidas”.
"É possível crescer 5%, mas depende da economia internacional e de uma série de medidas que está sendo discutida pelo governo", disse Meirelles. "Este é um grande esforço e um grande desafio nacional", complementou.
De acordo com reportagem do portal G1, o presidente do BC considera a possibilidade do debate em si mais importante do que discutir a taxa de crescimento, já que no passado o Brasil se preocupava em como sair de crises e agora tem como objetivo crescer mais.
Meirelles também afirmou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estuda alternativas para a expansão do crédito no país. "Se estabilizamos a economia, é normal esperarmos aumento da oferta de crédito", disse.
O presidente do BC voltou a afirmar que a inflação abaixo da meta é um indício de sucesso do trabalho do Banco Central. "[A inflação abaixo da meta] é um indício de que foi acertada. A inflação brasileira está na meta, ela tem um intervalo de 2,5% a 6,5%, e o centro da meta é onde o Banco Central mira, mas fenômenos da economia, positivos e negativos, fazem com que a inflação fique abaixo ou acima do centro. Portanto, a inflação na meta é aquela que órbita em torno do centro", afirmou. "Quanto mais compromisso do BC com a inflação na meta, mais a taxa de risco cairá", concluiu.
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Política econômica "apertada"
Henrique Meirelles chegou a admitir que a política econômica do governo Lula é "apertada" e que um de seus indícios é a inflação abaixo da meta.
"É um indício de que [a política ecômica] foi apertada. Mas a inflação brasileira está na meta. O centro da meta é onde o Banco Central mira a inflação, mas fenômenos da economia, choques positivos ou negativos, fazem com que a inflação fique abaixo ou acima do centro", afirmou o presidente do BC. "A inflação esteve acima [do centro da meta] em 2003, 2004, 2005. O mercado prevê um pouco abaixo em 2006 e convergindo para a meta nos próximos anos. É exatamente o que caracteriza uma política monetária bem-sucedida", afirmou.
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