De acordo com o lobista, o então diretor da Petrobras usava esses dois códigos para receber dinheiro em troca de favorecimentos em sua diretoria para empresas envolvidas no esquema de cartel e corrupção. Pascowitch disse que chegou a repassar R$ 280 mil por mês a Duque.
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Segundo o lobista, toda vez que queria cobrar algum valor, Duque lhe convidava, pelo telefone, para “tomar um drinque” ou “fumar um charuto” na sede da Petrobras ou em sua casa.
Pascowitch contou, ainda, que Duque também o chamava para visitar galerias de arte no Rio, onde apontava esculturas e quadros de até US$ 380 mil que o lobista deveria comprar como parte do pagamento da propina, informa o repórter Renato Onofre.
Duque ainda negocia detalhes de sua delação premiada. Até o momento, o ex-diretor da Petrobras nega ter conhecimento ou participado do esquema de corrupção na estatal. Dono da consultoria Jamp, Milton Pascowitch é apontado como um dos operadores do PT no petrolão.
Em depoimento à Polícia Federal, o lobista disse que a empreiteira Engevix repassou R$ 532 mil em dinheiro vivo ao PT em troca de contratos nas obras da usina de Belo Monte, no Pará. Segundo ele, a propina foi entregue ao ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, em 2011.
Ele também disse que parte do dinheiro que saía indevidamente de contratos firmados com a diretoria de Duque foi usada para pagar reformas de uma casa do ex-ministro José Dirceu e de um apartamento de Luiz Eduardo, irmão de Dirceu. Os dois também foram presos na 17ª etapa da Operação Lava Jato.
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