A Polícia Federal deve tomar hoje (21) o depoimento do bicheiro Antonio Petrus Kalil, 81 anos, suspeito de ter fornecido parte do dinheiro utilizado por emissários petistas na negociação do dossiê contra políticos tucanos. A PF conseguiu descobrir que, do R$ 1,1 milhão que seria utilizado na compra do material contra políticos do PSDB, R$ 5 mil teriam passado por bancas ligadas a Antonio Petrus Kalil, conhecido como Turcão.
Segundo os jornalistas Leonardo Souza, Raphael Gomide e Sérgio Torres, da Folha de S. Paulo, no dinheiro apreendido com os emissários petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha havia fitas de máquina de calcular muito usada pelo jogo do bicho, além de notas de pequeno valor.
"Uma das dificuldades no rastreamento dessa parcela do dinheiro encontradas pelo delegado da PF Diógenes Curado – responsável pelo inquérito do dossiê – é que Turcão presta o serviço de "descarga", uma espécie de resseguro para bancas menores de jogo do bicho, a fim de garantir o pagamento a eventuais ganhadores. Assim, mesmo se confirmado que o dinheiro passou por uma de suas bancas, isso não significaria necessariamente que foi ele quem doou os recursos", afirmam.
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Caso compareça ao depoimento, Turcão deverá dizer que ajudou financeiramente um candidato a deputado do PT. Ele pode, até mesmo, alegar que o dinheiro apreendido veio de uma doação eleitoral e não se destinava a financiar a compra dos documentos.
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