A Polícia Federal adiou ontem as buscas que faria à corretora Vicatur, instalada em Nova Iguaçu, na baixada fluminense, de onde teriam saído os dólares apreendidos durante a operação que desmontou a negociação do dossiê Vedoin. A PF também já identificou os supostos laranjas que petistas usaram para comprar a maior parte dos US$ 248,8 mil.
Segundo a PF, eles são entre cinco e nove pessoas, de uma mesma família, residente na Baixada Fluminense. A polícia investiga se essas pessoas, que são de baixa renda, venderam seus CPFs ou se tiveram o nome usado indevidamente e, ainda, se a corretora tinha conhecimento da operação. O objetivo da busca, agora sem data para ser realizada, é obter a contabilidade paralela da Vicatur e desmantelar o esquema que ela teria montado com clientes de fachada desde 2003 para lavagem de dinheiro.
"Autorizada a operar com câmbio de moeda estrangeira desde 1999, a Vicatur foi objeto de uma comunicação do Banco Central ao Ministério Público do Rio, por suspeita de irregularidade em operações de câmbio. Muitos clientes para os quais a agência vendia moeda estrangeira tinham CPF falso. Em alguns casos, as pessoas nem sequer sabiam que seus nomes tinham sido usados nas operações", diz reportagem de O Estado de S. Paulo.
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Com o atraso no cronograma, a PF não sabe se será possível chegar aos verdadeiros responsáveis pela compra dos dólares até o segundo turno da eleição, no domingo. Ontem, policiais realizaram diligências sigilosas para localizar os laranjas.
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