A Polícia Federal informou que a operadora de celular Claro está atrasando as investigações sobre a origem do dinheiro destinado à compra do dossiê contra políticos tucanos. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo diz que o delegado Diógenes Curado Filho, responsável pelo caso, aguarda desde sexta-feira a remessa da relação de telefonemas efetuados nos últimos dois meses (chamados de extratos telefônicos) por quatro envolvidos, entre eles o ex-assessor da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), Hamilton Lacerda, apontado como "o homem da mala", que levou ao Hotel Ibis os R$ 1,75 milhão destinado à compra do dossiê.
Além dos quatro números, a PF também espera pelas informações cadastrais de outros 13 números identificados na análise das quebras de sigilo telefônico dos envolvidos. Embora o prazo padrão para a remessa desse tipo de informação seja dez dias, as demais operadoras, informa a PF, costumam fornecê-las em um ou, no máximo, dois dias. No caso da Claro, já se passaram seis dias desde a decisão judicial que determinou a remessa dos dados.
O delegado já fez gestões junto ao juiz da 1ª Vara Federal, Jefferson Schneider, que, segundo a PF, se comprometeu a tomar providências. A decisão judicial que determinou a quebra não fixou prazo para que a Claro cumprisse a determinação, mas estabeleceu que as informações deveriam ser repassadas "com a máxima urgência e no prazo mínimo".
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O sigilo telefônico de Lacerda é considerado uma peça-chave nas investigações sobre a origem do dinheiro que iria comprar o dossiê. A PF quer saber, por exemplo, se Lacerda telefonou para alguma operadora de câmbio, agência de viagem ou agência bancária às vésperas da operação.
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