O prefeito de São Paulo, João Doria, admitiu deixar o PSDB para se candidatar à Presidência caso o partido opte pela realização de prévias entre ele e o governador paulista, Geraldo Alckmin. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Doria disse que recebeu convites do PMDB e do DEM e de outros dois partidos. Segundo ele, o candidato tucano deve ser definido com base nas pesquisas de intenção de voto. O prefeito afirmou que só aceitaria disputar prévias se fosse com outro nome.
“Não faz o menor sentido. Não faria isso. Desde já me excluo dessa condição, embora defenda as prévias”, declarou durante viagem a Paris. “Pretendo continuar (no PSDB), até que alguma circunstância me impeça disso”. Para o prefeito, as pesquisas de intenção de voto serão determinantes para a escolha do presidenciável tucano. “Se alguém tiver dúvida em uma pesquisa, que faça duas. Se tiver dúvida em duas, que faça três. Não ouvir o povo pode ser um erro fatal para o PSDB”, disse Doria.
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De acordo com Doria, não levar em conta as pesquisas de intenção de votos – nas quais ele aparece, no momento, à frente de Alckmin – seria um “erro fatal” para o PSDB. “Não faço uma defesa personalista, mas nacional. Acertar na indicação é ouvir a população”, afirmou. O prefeito tem sido criticado por adversários políticos e por parte da população de São Paulo por viajar o país todo em pré-campanha velada à Presidência.
“A política traz sempre ares, tempestades e fatos que não estão dentro do seu prognóstico. Isso se aprende rápido na vida política. Estou na política, mas não sou político. Não tenho intenção de mudar de partido, mas é sempre bom ouvir de outros partidos que você é bem-vindo. Não é só o PMDB e o DEM. Outros dois partidos tiveram a gentileza e a delicadeza de abrir as portas caso necessário. Agradeci. Estou no PSDB desde 2001, muito antes de pensar em ser candidato. Não entrei por conveniência. Pretendo continuar no PSDB, até que alguma circunstância me impeça disso. Em relação ao futuro, cabe a Deus indicar, iluminar e definir qual é o destino”, disse ao Estadão.
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