Fábio Góis
Começou com desistências a eleição que decidirá, ainda neste sábado (17), quem completará o mandato do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, acusado de comandar o esquema de corrupção nacionalmente conhecido como mensalão do DEM – partido ao qual Arruda era filiado até a revelação das denúncias. A expectativa é o que o nome do novo governador seja conhecido ainda hoje, com forte possibilidade de segundo turno.
A votação acontece no plenário da Câmara Legislativa. Até as 16h40 de hoje, duas candidaturas haviam sido retiradas: Aguinaldo de Jesus (PRB) e Messias de Souza (PCdoB) – este, alegando que, quanto mais candidatos, mais pulverizadas estariam as intenções de voto. Já Aguinaldo disse que, fora da disputa ao mandato-tampão, poderia se candidatar já nas próximas eleições, em outubro, a outro cargo eletivo.
Depois de encerrada uma reunião com os distritais, mais uma candidatura foi retirada de útima hora “para barrar uma ação política conservadora ligada às velhas práticas”. “Retiramos a candidatura como caminho que leve à derrota do que eu chamo de esquema do atraso”, disse o deputado Messias de Souza (PCdoB), para quem a disputa está polarizada. O anúncio foi feito informalmente, ou seja, a exclusão da candidatura só pode ser formalizada depois de aberta a sessão.
Com a saída de Aguinaldo e Messias, quatro candidatos continuam no páreo do mandato-tampão: Wilson Lima (PR), homem de Arruda e considerado favorito na disputa; Rogério Rosso (PMDB), tido como ameaça a Wilson e ligado ao deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB) e ao ex-vice-governador Paulo Octávio (ex-DEM), envolvido no escândalo; Antônio Ibañez (PT); e Luis Filipe Coelho (PTB).
Para eleger o novo governador, são necessários ao menos 13 dos 24 votos dos deputados distritais. Caso a disputa vá para o segundo turno, a maioria simples (parlamentares presentes à sessão) define o pleito.
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