Os procuradores da República Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula Silva, responsáveis pela ação de improbidade contra o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), fizeram um aditamento à ação para informar que a Artplan doou R$ 20 mil à campanha do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário à sua campanha à Câmara em 2002.
"O interesse em doar dinheiro para o réu Raul Jungmann é óbvio: trata-se de retribuir os ilícitos benefícios recebidos na execução contratual", escreveram os procuradores, informa a Folha de S. Paulo.
Os procuradores acusam Jungmann de chefiar esquema que teria desviado R$ 33 milhões do Ministério de Desenvolvimento Agrário entre 1998 e 2002, no governo FHC, quando comandou a pasta. As fraudes estariam em gastos de publicidade do Incra, órgão subordinado ao ministério. Entre 2001 e 2002, o Incra fechou contratos com a Artplan de R$ 8,85 milhões.
O deputado alega que a empresa participou de uma licitação absolutamente legal e lícita. "E a doação de R$ 20 mil feita para a minha campanha também foi feita de acordo com as regras da legislação eleitoral." Em 2002, a Artplan só fez doações a Jungmann e a Rubem Medina, sócio da agência.
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Anteontem, um dia após anunciar que queria ser investigado, Jungmann ajuizou reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta da ação. De acordo com os procuradores, a intenção do deputado é obter decisão que o livre de ser processado por improbidade.
O deputado admitiu que seus advogados recorreram ao STF, mas disse que sua intenção de ser investigado no "campo político" permanece. "Se o Supremo assim o entende, eu não vou reivindicar o que é um direito?", disse Jungmann.
Ontem, o ex-ministro fez um discurso emocionado na Assembléia Legislativa de Pernambuco no qual disse que não é desonesto. Leia mais
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