Mário Coelho
Seis deputados distritais envolvidos no mensalão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), entregaram na tarde desta terça-feira (2) suas defesas na Corregedoria da Câmara Legislativa do DF (CLDF). A partir de amanhã, o corregedor da Casa, Raimundo Ribeiro (PSDB), terá 15 dias para apresentar seu relatório sobre os casos. De acordo com o tucano, ele vai apresentar um relatório geral com pareceres específicos para cada parlamentar que enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar. “Não devo usar os 15 dias úteis. A ideia é entregar esse relatório o mais rápido possível”, afirmou Ribeiro.
Entre ontem e hoje, entregaram suas defesas os deputados Aylton Gomes (PMN), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Brunelli (PSC), Leonardo Prudente (sem partido) e Roney Nemer (PMDB). Todos eles são acusados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa de receberem propina para votar favoravelmente em projetos de interesse do governo do DF. Rogério Ulysses (sem partido) e Eurides Brito (PMDB) ainda têm até 10 de fevereiro para apresentarem seus argumentos. Cabo Patrício (PT), que também enfrenta um processo por quebra de decoro – ele é acusado de elaborar um projeto que beneficiou Prudente e de facilitar a invasão da Câmara por estudantes – também está dentro do prazo, que termina em 11 de fevereiro.
Ao chegar na Câmara, Leonardo Prudente afirmou que recebeu o dinheiro de propina em 2006 como ajuda para a campanha de reeleição à Câmara Legislativa. Ele foi flagrado em vídeo colocando dinheiro nas meias. As notas foram entregues a ele pelo próprio Durval. “Foi uma doação não contabilizada”, disse. Sobre o vídeo em que aparece ao lado de Brunelli e do ex-secretário rezando em agradecimento à propina e pedindo proteção de Deus a Durval, Prudente afirmou que não há nenhuma motivação econômica no gesto. “Aquela oração não teve absolutamente nenhum contexto econômico”, disse.
Apesar das imagens, ele espera que o pedido de cassação seja arquivado. “A minha expectativa é pela absolvição”, disse. Porém, a decisão do corregedor não é final. O seu parecer depois será encaminhado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, que terá amissão de analisar os relatórios.
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