Os debates na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em torno da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer caminha para o final. Os deputados da base abriram mão do tempo de fala para agilizar a votação, com intuito de que a denúncia seja apreciada pelo plenário da Câmara antes mesmo do recesso parlamentar. A estimativa da base governista é de que os debates se encerrem no meio da tarde e a denúncia possa ser votada por volta das 16h.
Tentando evitar um placar que permita que a denúncia vá a plenário, os partidos da base já fizeram 11 substituições de seus membros titulares. Até a manhã desta quinta-feira (13) mais um deputado era substituído. Para tentar salvar Temer, a Executiva do PMDB se reuniu no início da semana e decidiu que a legenda votará contra a denúncia. O líder do governo e presidente do partido, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que os dissidentes serão punidos.
Um dos principais aliados do governo, o PSDB ameaça desembarque há pelo menos um mês. No entanto, os tucanos continuam em cima do muro e decidiram que deixarão seus deputados votarem conforme suas convicções.
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O texto do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-MG), relator da denúncia na comissão, foi lido na segunda-feira (10) e recomenda a admissibilidade da investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia por crime de corrupção passiva (SIP 1/17) contra Temer. A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas, para que o Supremo analise o caso, é preciso autorização da Câmara.
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