Pressionada por todos os lados, toda a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve renunciar a seu mandato na próxima terça-feira (31). É o que anunciam hoje (28) os cinco principais jornais do país, O Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Correio Braziliense e Jornal do Brasil. Pela lei que criou a agência, os diretores têm mandato de cinco anos e não podem ser demitidos, até para evitar a pressão política sobre eles.
Mas quatro dos cinco diretores – incluindo o presidente da Anac, Milton Zuanazzi – combinaram deixar o cargo a pedido do Palácio do Planalto e do novo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo a Folha, a única diretora resistente à idéia é Denise Abreu, indicada ao cargo pelo ex-ministro José Dirceu.
De acordo com O Globo, entre os cotados para substituir Zuanazzi, estão Jorge Godinho – ex-diretor do extinto DAC, que órgão que foi substituído pela Anac – e Ozires Silva – ex-ministro no governo Collor e ex-presidente da Varig e Embraer. A Folha acrescenta o ex-presidente da Infraero Adyr da Silva.
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Amanhã (29), Jobim deve se encontrar com Zuanazzi, numa conversa de rotina para se inteirar do que se passa no setor aéreo. Na segunda-feira, deve haver uma reunião do Conselho Nacional da Aviação Civil (Conac). Segundo O Globo, o ministro da Defesa pedirá que a Anac obedeça rigorosamente as decisões do conselho, como prevê a lei. Caso contrário, ou os diretores renunciam, ou serão processados administrativamente. Se o processo for concluído e condenar a diretoria, a lei permite que sejam substituídos antes de seus mandatos vencerem.
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