Mário Coelho
O diretor-geral interino da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, reclamou nesta quarta-feira (14) do orçamento destinado para a área no país. Segundo ele, o valor é “infinitamente menor” do que é gasto anualmente em inteligência nos Estados Unidos.
“O orçamento da inteligência brasileira é pífio pelo que se espera da atividade de inteligência do estado”, afirmou Trezza, que está sendo sabatinado pelos senadores da Comissão de Relações Exteriores (CRE). Ele é o indicado pelo presidente da República para assumir o cargo de diretor-geral. Desde a saída do delegado Paulo Lacerda, em janeiro, a posição é ocupada de maneira interina.
Na tentativa de sensibilizar os senadores, Trezza disse que o orçamento dos EUA para 2010 é de US$ 75 bilhões. Já no Brasil, estão previstos R$ 350 milhões, sendo que cerca de 85% são destinados para o pagamento da folha de pessoal. Ele frisou, ainda, que o órgão tem sofrido contingenciamentos no orçamento.
“Me sinto constrangido em ter que admitir que essa é a nossa realidade. A inteligência não podia prescindir de tratamento diferenciado”, disse. A sabatina de Trezza começou na semana passada com a leitura do parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A votação só ocorrerá hoje por conta de um pedido de vista de Heráclito Fortes (DEM-PI), que queria “analisar propriamente” a mensagem presidencial.
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