O deputado e ex-ministro José Dirceu (PT-SP) disse há pouco, no plenário, que em nenhum momento quis impedir o Conselho de Ética de investigá-lo. Disse que só encaminhou recursos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara porque tinha a obrigação de lutar por um julgamento justo. “Eu quero ser investigado. É minha obrigação, como homem público, deixar que me investiguem”, afirmou. Neste momento, ele apresenta sua defesa na Câmara. Em seguida, os deputados vão votar o relatório do Conselho que pede a cassação dele.
O petista afirmou ter apresentado os recursos porque tinha de honrar seu mandato e brigar pelos direitos de qualquer cidadão. Segundo ele, o processo do Conselho violou os “mais elementares direitos constitucionais”. “A Constituição diz que cabe ao acusador o ônus da prova e no meu caso, eu tenho de provar minha inocência”, afirmou.
O ex-ministro disse que nunca defendeu a impunidade. “Não recorri para ganhar tempo, mas para garantir que a Constituição fosse cumprida. E o STF e a CCJ decidiram a meu favor e estenderam a outros deputados.”, enfatizou.
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Ele criticou o Conselho e os parlamentares por promoverem um “linchamento público” contra sua pessoa. Disse que seus 30 anos de militância política foram jogados fora e que, do dia para a noite, passou a ser visto como um bandido. “Fui transformado em chefe do mensalão, no maior corrupto do país”, afirmou.
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