O ex-ministro-chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) ainda não desistiu de tentar usar o nome de Roberto Jefferson Camoeiras Gracindo Marques, ex-motorista do senador Romero Jucá (PMDB-RR), para tentar se livrar das acusações de que um amigo dele, também chamado de Roberto Marques, estaria envolvido na lista de beneficiários do mensalão.
O jornalista Josias de Souza, no seu blog na Folha Online, relata que o ex-deputado encaminhou ontem um ofício pedindo à CPI dos Correios para convocar o ex-funcionário de Jucá. O Roberto Marques do senador aparece em gravação admitindo ter sacado R$ 50 mil do Banco Rural. Em depoimento à PF, o motorista disse que os diálogos reproduzidos pela imprensa eram na verdade a gravação de um texto que lera em voz alta, a pedido do secretário-adjunto da Casa Civil de Roraima, Joaquim Pinto Souto Maior Neto, adversário político de Jucá.
O amigo de Dirceu aparece num fax do Banco Rural autorizando um saque de R$ 50 mil, que acabou sendo realizado por Luiz Carlos Mazano, contador da corretora Bonus-Banval. O número da identidade do assessor de Dirceu aparece no documento do Banco Rural, que se referia a um saque em São Paulo. O motorista, na gravação, fala sobre uma retirada em Brasília.
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