Os advogados do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu entram com pedido de habeas corpus preventivo para que ele não seja preso nesta quinta-feira (2). A petição está sendo encaminhada ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre. As informações são do jornal O Globo.
A defesa de Dirceu, liderada pelo advogado Roberto Podval, pede que o tribunal conceda “ordem de habeas corpus, evitando-se o constrangimento ilegal e reconhecendo o direito do paciente de permanecer em liberdade”. A informação foi confirmada pela assessoria do ex-ministro.
Em 40 páginas, a petição argumenta que Dirceu, investigado por receber dinheiro de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, atendeu, por meio de sua assessoria, a mais de “60 clientes de 20 setores diferentes da economia, como indústrias de bens de consumo, telecomunicações, comércio exterior, logística, tecnologia da informação, comunicações e construção civil”.
A defesa de Dirceu ainda alegou que o petista foi surpreendido por saber, por meio da imprensa, que seu nome “havia sido enredado na assim denominada Operação Lava Jato”. Contudo, o lobista Milton Pascowitch, que acaba de fechar acordo de delação premiada com a Justiça Federal, citou o nome de Dirceu em seus depoimentos. Próximo a políticos do PT, Pascowitch é suspeito de operar propinas da empreiteira Engevix.
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A empresa dele, Jamp Engenheiros Associados, pagou R$ 1,4 milhão a JD Consultoria, de Dirceu, entre 2011 e 2012. Em maio, quando o repasse foi divulgado, a assessoria de imprensa de Dirceu declarou que o contrato havia sido assinado com o objetivo de negócios para a Engevix no exterior.
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