Dirceu, ao lado de José Eduardo Cardozo: PT e PMDB devem ter unidade e responsabilidade
Renata Camargo
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou nesta sexta-feira (19) que o PT e o PMDB estão “condenados” a se entenderem para governarem juntos. Vitoriosos na chapa que elegeu Dilma Rousseff (PT) presidente e Michel Temer (PMDB) como vice, os partidos duelam pelo comando da Câmara em 2011 e pela divisão de ministérios na Esplanada. Nesta semana, o PMDB chegou a articular a criação de um bloco com 202 deputados para se sobrepor ao PT, a legenda com maior representatividade na Casa.
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Na reunião do diretório nacional do PT, Dirceu acredita que os dois partidos não vão brigar entre si. “O PT e PMDB estão condenados a se entenderem e governarem juntos”, afirmou ele, na manhã de hoje, em Brasília. “A estabilidade e a governabilidade dependem desses dois partidos. Seria uma irresponsabilidade nossa nos desentendermos.”
Dirceu negou que o termo “condenados” significasse que os dois partidos estão brigados, mas que serão obrigados a se entenderem. “Absolutamente não. A unidade e o entendimento são absolutamente necessários entre eles. Os dois partidos fizeram mais de 40% dos votos da Câmara. Partido que representa 40% do povo brasileiro tem que ter responsabilidade.”
A presidente eleita, Dilma Rousseff, acaba de chegar ao Centro de Convenções Brasil 21, onde acontece a reunião do diretório do PT. Mesmo fora de direção nacional do partito, ela é a convidada de honra do evento.
Acordo
O líder do governo na Câmara e um dos cotados para assumir o comando da Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), acha que o ideal é não haver disputa entre petistas e peemedebistas. Para ele, o melhor seria sequer haver disputa no voto.
“O ideal é não ter nenhuma votação, e se chegar a um acordo. O acordo se chega conversando”, disse Vaccarezza, ao chegar à reunião.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, manteve discurso de que os petistas e peemedebistas já se entenderam. Ele disse esperar que o PT escolha o nome para presidir a Câmara ate início de dezembro.
Vaccarezza considerou o prazo muito curto. Para ele, a escolha do nome só sai na segunda quinzena de dezembro.
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