Em depoimento à CPI dos Correios, o ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo disse que nunca negociou seu cargo com o ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson (PTB-RJ). “Nunca houve negociação nesse sentido, nem paguei a Roberto Jefferson”, defendeu-se o ex-diretor. Dimas disse que só conheceu o petebista no ano passado. Jefferson, no entanto, afirmou à Polícia Federal ter recebido, em 2002, R$ 75 mil de um suposto caixa dois montado por Dimas em Furnas.
Dimas assumiu a diretoria da estatal durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e, provavelmente, deixaria o cargo quando o PT assumisse o Planalto. A indicação para a diretoria de Furnas cabia ao PTB. Jefferson disse à PF que o Dimas ofereceu-lhe dinheiro do suposto caixa dois para que fosse mantido no cargo. O petebista disse ter aceitado o acordo. Afirmou, porém, que não conseguiu mantê-lo no posto porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia decidido nomear outra pessoa.
O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), um dos que aparece na “lista de Furnas” – documento com nome de parlamentares que teriam recebido dinheiro de Furnas –, saiu em defesa do ex-dirigente. “Se o senhor (Dimas) conheceu Jefferson só em 2005, como pode ter pago dinheiro a ele em 2002? É impossível”, afirmou.
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