Para colocar fim à crise política entre PMDB e PT, foi marcada uma reunião no próximo domingo, às 17h. Devem estar presentes a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, e os presidentes da Câmara e do Senado, os peemedebistas Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL), respectivamente. Segundo o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o local do encontro ainda não está definido. O mais provável é que seja no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente.
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Nesta sexta-feira (7), Raupp se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, o petista Aloizio Mercadante, no Palácio do Planalto. O encontro foi marcado para discutir a estremecida relação entre PT e PMDB. Apesar do aparente descontentamento dos peemedebistas, Raupp diz acreditar em uma solução rápida para os desentendimentos.
Nos últimos dias, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, trocaram acusações. Cunha disse em sua conta no twitter que os partidos precisavam “rediscutir” a aliança. Em resposta Rui Falcão afirmou que não aceitaria “ultimatos”.
Valdir Raupp classificou a troca de farpas foi um fato isolado, motivado pelo carnaval. “Foi no calor do carnaval do Rio de Janeiro que saíram essas trocas de acusações. O carnaval já passou e isso aí deve passar também”, disse. Na avaliação do presidente do PMDB, o principal motivo da crise política entre os dois partidos é a indefinição das alianças nos estados.
O PMDB acusa o PT de querer dominar as chapas regionais para eleger mais parlamentares para o Congresso. Em 20 estados não há conclusão de alianças entre os dois partidos e os diretórios não definiram se continuam com o acordo nacional para apoiar a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff.
Reforma ministerial
A crise que colocou os partidos aliados em lados opostos teve início quando a presidente Dilma Rousseff anunciou uma reforma ministerial para este ano. O PMDB acusa o governo de não querer atender às indicações do partido. Parlamentares da Câmara chegaram a anunciar que não fariam nenhuma indicação para a nova composição do governo.
Em entrevista hoje no Palácio do Planalto, o presidente do PMDB, Valdir Raupp disse que “não há como negar” que a reforma ministerial é um dos componentes da crise entre os dois partidos.
Emendas parlamentares
A crise política entre os dois partidos se acentuou há duas semanas, quando a equipe econômica do governo anunciou corte orçamentário de 25% das emendas parlamentares. As emendas são recursos destinados por senadores e deputados para suas bases eleitorais.
Depois do corte, deputados da base aliada e da oposição, liderados pelo PMDB, formaram um “blocão” para pressionar o governo pela liberação de verbas.
A irritação é maior porque este é o primeiro ano de vigência do orçamento impositivo, lei que obriga o Executivo a cumprir o envio de verbas para os locais sugeridos pelos parlamentares. Deputados ameaçam dificultar votações de interesse do governo.
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