Rodolfo Torres
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, classificou neste domingo (22) como “natural” o retorno de envolvidos no escândalo do mensalão (suposto pagamento para que parlamentares votassem de acordo com orientações do governo) à direção do PT.
Ela apoia o ex-senador por Sergipe e ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra. Integrante da corrente “Construindo um novo Brasil”, do presidente Lula, Dutra tem o apoio do atual comandante do partido, Ricardo Berzoini, do ex-ministro José Dirceu, que faz parte de sua chapa, e dos líderes da bancada na Câmara e no Congresso.
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Atualmente, Dirceu responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento no escândalo que abalou o governo Lula em 2005. À época, Dirceu era ministro da Casa Civil. Afastado do cargo, reassumiu a vaga na Câmara, mas acabou tendo o mandato cassado por seus pares.
“Até agora, nós não temos nenhuma dessas pessoas julgadas ou condenadas em definitivo, então, acho normal que elas exerçam seus direitos políticos. Ninguém pode ser cassado a priori”, afirmou à ministra, de acordo com a Folha Online.
Pré-candidata do PT à sucessão presidencial de 2010, a ministra participou hoje da votação que definirá os novos dirigentes do partido.
Ela aproveitou para adotar um discurso conciliador em relação ao racha da base aliada do governo Lula nos estados. “Há de se levar em conta as realidades locais porque para as pessoas, os interesses locais são legítimos.”
O presidente Lula chegou a criticar a disputa nos estados entre aliados do governo federal. Contudo, para ele, o principal é que a aliança em torno da candidatura de Dilma seja mantida.
Em relação ao pleito no PT, Dilma declarou: “Todos nós esperamos que o PT saia mais forte e mais unido”.
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