Reportagem – é o aprofundamento de uma notícia ou o mergulho em um fato importante, mesmo que não seja recente, em busca de revelações exclusivas. A reportagem, na acepção aqui utilizada, está no universo do “jornalismo investigativo”, que remete ao esforço para tornar públicos fatos relevantes que autoridades ou pessoas poderosas gostariam de manter ocultos. Uma boa reportagem requer pesquisas intensas, entrevistas com grande diversidade de fontes, reiteradas checagens e cuidado especial na apresentação do conteúdo final, que pode trazer complementos como vídeos, infográficos, mapas e painéis de visualização de dados. Também deve trazer – ou, no mínimo, tentar obter – as explicações de quem pode ter sua imagem arranhada pela sua publicação.
Teori Zavascki é considerado pelos colegas um teórico de perfil discreto
Indicado pela presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (10) para ocupar o lugar deixado pela aposentadoria de Cezar Peluso, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Teori Albino Zavascki só deve ser empossado no Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro. A demora se deve à necessidade de seu nome ser aprovado em sabatina pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, depois, em plenário. Também é necessário um intervalo para o cerimonial da mais alta corte do país planejar a posse do novo integrante da corte.
Além disso, com o recesso branco por causa das eleições, a sabatina deve ocorrer, na melhor das hipóteses, somente no dia 26 de setembro. Mas depende da comunicação ao Senado e da confirmação da audiência pelo presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). “No máximo em três semanas é possível fazer a sabatina do novo ministro”, disse Eunício ao Congresso em Foco. É nesse período que o Senado deve fazer novo esforço concentrado, o último antes das eleições de outubro. A análise da indicação exige quórum qualificado tanto na comissão quanto no plenário. Depois, vem o tempo necessário para o STF dar posse no caso de seu nome ser aprovado.
A indicação de Zavascki foi confirmada hoje pelo porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann. Professor e magistrado, o catarinense de Faxinal dos Guedes compõe o STJ desde março de 2003. Tem 64 anos e é especialista em Direito Processual Civil. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mesma instituição de ensino na qual fez mestrado e doutorado. Começou a carreira como advogado em Porto Alegre, tendo inclusive trabalhado para o Banco Central.
Em 1987, começou a lecionar na UFRGS. Dois anos depois, foi indicado para ocupar uma cadeira no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (com jurisdição nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Ficou no TRF 4 até 2003, quando foi indicado pelo ex-presidente Lula para compor o STJ. Nos últimos dois anos no tribunal regional, presidiu a corte. É considerado pelos colegas um teórico com perfil discreto.
Todas as três indicações feitas por Dilma até agora saíram de cortes superiores. Luiz Fux, o primeiro sugerido pela presidenta e aprovado pelo Senado, era ministro do STJ. Já Rosa Weber era uma das integrantes do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para valer, a indicação precisa ser publicada no Diário Oficial da União e, depois, chancelada pelo Senado. Fux, por exemplo, foi sabatinado em 9 de fevereiro de 2011 e empossado no STF quase um mês depois, em 3 de março.
Em tese, o novo ministro poderá votar no processo do mensalão, já que Cezar Peluso, que se aposentou ao completar 70 anos, apenas se manifestou em um dos sete itens da denúncia. A possibilidade de votar ficaria à cargo do novo ministro. Isso se conseguir tomar posse antes de o julgamento terminar. Projeção feita pelo Congresso em Foco aponta que a dosimetria deve começar a ser feita em 29 de outubro.
Mario Coelho* Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2004, começou a carreira no jornal O Estado (SC), onde foi repórter e editor. Em Brasília desde 2005, trabalhou na sucursal do jornal Hoje em Dia (MG) e no Correio Braziliense. Está no Congresso em Foco desde 2008.
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