A presidente Dilma Rousseff se reuniu, de forma emergencial, com o vice-presidente Michel Temer e o os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Eliseu Padilha, da Aviação Civil, para encontrar caminhos de reação a “pauta-bomba” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No encontro desta quinta-feira (7), concluíram que a Casa legislativa, sob o comando do peemedebista fluminense, está “ingovernável” e que os deputados não se preocupam com o país. As informações são do jornal O Globo.
Na saia justa da sua declaração de que é preciso encontrar “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”, Temer aproveitou para se explicar. O vice-presidente disse a Dilma que a fala foi mal interpretada, tendo em vista que queria chamar a responsabilidade para a Câmara. A declaração causou um mal-estar entre petistas e peemedebistas aliados ao governo em um momento de debandada de parlamentares da base de Dilma no Congresso. Segundo a reportagem, setores do governo consideraram que a fala de Temer revelou que ele já estaria se credenciando para o cargo caso a presidente não conclua o mandato.
Segundo Temer, ele já havia conversado com Dilma antes de reconhecer a gravidade da crise. O vice-presidente disse que avisou a petista que faria declaração pedindo para que todos trabalhassem juntos pelo país. Ele relatou que havia tido uma tensa reunião com líderes da base na Câmara.
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O apelo de Temer não surtiu efeito entre seus correligionários da Câmara. Os deputados aprovaram, na madrugada desta quinta-feira (6), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 443, que vincula os vencimentos dos advogados públicos e delegados aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O impacto anual pode ser de R$ 2,4 bilhões nas contas públicas.
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