Edson Sardinha
A presidenta Dilma Rousseff tentou acalmar hoje (21) os governadores da região Nordeste ao comentar, pela primeira vez, os cortes no orçamento anunciados há duas semanas por sua equipe econômica. No Fórum dos Governadores do Nordeste, realizado em Sergipe, Dilma afirmou que o bloqueio orçamentário não atingirá a região nem os programas sociais, como o de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida, nem os investimentos necessários para a realização da Copa do Mundo de 2014.
Segundo a presidenta, os cortes não prejudicarão o crescimento do país e são necessários para conter a inflação. Dilma disse que o contexto agora é diferente do esforço fiscal anunciado no primeiro ano do governo Lula, em 2003. Na ocasião, foram bloqueados R$ 14 bilhões. “Lá, tinha uma taxa de inflação fora de controle, que não é o caso atualmente. Nós estamos dentro da margem estabelecida de dois pontos acima da meta de 4,5%”, afirmou.
A manutenção dos investimentos vai refletir no controle da inflação, de acordo com a presidenta. “É importante que a taxa de investimento cresça acima da demanda por bens e serviços. A taxa de investimento integra a demanda, mas garante a ampliação da oferta”, declarou.
Dilma afirmou ainda que trabalhará para criar condições para que a economia nordestina cresça em ritmo superior à média nacional. ?A pobreza no Brasil tem uma certidão de nascimento que privilegia, infelizmente, essa região do país?, observou. ?Não há uma solução para o Brasil sem uma solução para o Nordeste e não há uma solução para o Nordeste sem uma solução para o semiárido?, acrescentou.
No encontro com os governadores nordestinos, a presidenta reiterou o compromisso de campanha de criar o Ministério das Micro e Pequenas Empresas. O objetivo, segundo ela, é estimular o empreendedorismo e estreitar os laços entre os mais diversos setores produtivos.
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