Durante encontro emergencial para discutir a Operação Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff cobrou o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo por ele não ter atrasado a homologação da delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, no Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Em sua delação premiada, o empreiteiro disse ter sido procurado três vezes pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, no ano passado, com pedido de ajuda financeira à campanha petista. Silva era o tesoureiro da campanha de Dilma. Pessoa afirmou aos investigadores que repassou R$ 7,5 milhões desviados pelo esquema de corrupção na Petrobras para a campanha da presidente.
Segundo a Folha, as reclamações ocorreram no dia 26 de junho. Dilma estava extremamente irritada, conforme relatos de auxiliares ao jornal. O ministro Cardozo foi o mais cobrado da reunião, da qual também participaram os ministros-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante e o assessor especial Giles Azevedo.
“Você não poderia ter pedido ao Teori [Zavascki] para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação?”, perguntou Dilma ao ministro da Justiça, em referência ao ministro Teori Zavascki, do STF, que conduz os processos da Operação Lava Jato. Pelos relatos, a presidente queria que a homologação da delação premiada ocorresse somente após a volta dela da viagem aos Estados Unidos, onde ela se encontrou com o presidente Barack Obama. “Isso é uma agenda nacional, Cardozo, e você f… a minha viagem”, complementou a presidente a Cardozo.
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A presidente Dilma Rousseff tem demonstrado extrema irritação com as informações prestadas pelo dono ta UTC, Ricardo Pessoa, durante as investigações da Operação Lava Jato. Segundo informações do jornal, Dilma chegou a dizer para auxiliares “eu não vou pagar pela m… dos outros”. “Não devo nada para esse cara, sei da minha campanha”, ressaltou.
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