A presidente Dilma Rousseff reuniu presidentes e líderes de partidos aliados para pedir que os parlamentares a defendam no Congresso no caso das chamadas “pedaladas fiscais”. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, participaram do encontro no Palácio da Alvorada para apresentarem “defesa prévia” que o governo dará ao Tribunal de Contas da União (TCU) no dia 21 de junho. As informações são da Folha de S.Paulo.
A Corte é um órgão de consulta dos congressitas. Caso as contas do governo sejam condenadas pelo TCU, Dilma será julgada pelas Casas. Segundo os participantes do encontro, as explicações devem ser usadas pelos parlamentares como argumento para defender a presidente publicamente no Congresso.
Em sua defesa, Dilma alegou que as “pedaladas” eram usadas em outros governos e que a prática foi apenas uma operação cotidiana entre o Tesouro e a Caixa. Contudo, O TCU as apontou com uma das irregularidades nas contas do governo federal de 2014. Segundo o Tribunal, as “pedaladas” permitiram que o governo segurasse despesas com ajuda dos bancos públicos que pagam, por meio de transferências, benefícios como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.
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Líder do PT na Câmara, o deputado Sibá Machado (PT-AC) disse que o TCU exagerou, tendo em vista que “não havia regra estabelecida para a apresentação das contas”.
“A única regra, de 1991, foi cumprida somente pelo Banco Central e como tal sempre foi aceita nos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula, e outros. O FMI (Fundo Monetário Internacional) sempre aceitou, mas vão contestar essa regra agora?”, questionou.
De acordo com reportagem, os participantes da reunião falaram que as declarações de Dilma tiveram o objetivo de “transmitir normalidade” em um momento de crise aguda.
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