Todas essas medidas foram anunciadas por ela em São Paulo, durante ato organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ao justificar o aumento para o Bolsa Família, Dilma afirmou: “Quero lembrar que essa proposta não nasceu hoje. Elas estavam previstas quando enviamos o orçamento em agosto de 2015 para o Congresso. Essa proposta foi aprovada pelo Congresso. Diante do quadro atual, tomamos medidas que garantam a receita para este ano e viabilizem tudo isso sem comprometer o cenário fiscal”.
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Com o aumento, o Bolsa Família – que hoje atinge 13,8 milhões de famílias – deve passa a pagar um benefício médio de R$ 176, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento Social.
Ao discursar para os participantes do ato, Dilma Rousseff falou que não cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos com crédito suplementares, um dos pilares da denúncia de impeachment da presidente. Segundo ela, somente no governo de Fernando Henrique Cardoso foram editados 101 decretos do mesmo tipo.
“Para ele [FHC], não era nenhum golpe nas contas públicas. Para mim, é golpe nas contas públicas. Dois pesos e duas medidas. Eles não têm sobre o que me acusar, é constrangedor”, criticou a presidente. “Não tenho conta no exterior, jamais usei recurso público em causa própria, não recebi propina e nunca fui acusada de corrupção. Eles tiveram que inventar um crime”, completou, voltando a chamar de “golpe” o processo que atualmente tramita no Senado.
“Não é um golpe com armas, tanques na rua, não é o golpe militar que conhecemos no passado. Eles rasgaram a Constituição do país. Fazem isso porque há 15 meses eles perderam uma eleição direta. Vou resistir e lutar até o fim”, acrescentou ela.
Parlamentares petistas e de partidos da base aliada do governo acompanharam o discurso. Entre eles, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffman (PT-RS) e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
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