Engana-se quem pensa que as atrações musicais do Prêmio Congresso em Foco seguirão o protocolo recorrente em solenidades do gênero, e terão aquele ar de formalidade que acaba prejudicando, justamente por limitar, a verve artística. Uma delas, a banda Samba de Rainha, grupo de “sambão” formado por sete belas moças paulistanas (saiba mais), promete sacudir a sisudez:
“Serão 30 músicas, cerca de uma hora e meia de show”, avisou com a poderosa voz a vocalista Núbia Maciel, ex-modelo com 1,80m de pura energia, acrescentando que alegria e samba de raiz não vão faltar na noite de premiação.
A seleção de bambas a serem cantados pelo Samba de Rainha é eloqüente: Jovelina Pérola Negra, Ari Barroso, Clara Nunes, Nelson Cavaquinho, Beth Carvalho, Monarco, Zeca Pagodinho. Quer mais? Dona Ivone Lara, João Nogueira, Alcione, Gonzaguinha, João Nogueira, Benito de Paula.
E que ninguém espere sambas-canção chorosos ou aquelas trilhas sonoras “dor-de-cotovelo”: as músicas escolhidas a dedo pelas meninas de São Paulo, reunidas em repertório adiantado ao Congresso em Foco, é de fazer ferver qualquer fundo de quintal – que, aliás, também estará representado.
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Raiz
O passeio musical começará, explica Núbia, com o clássico Aquarela do Brasil, do saudoso mestre Ari Barroso. Em seguida um verdadeiro retorno às origens do batuque: Acreditar, de Dona Ivone Lara, famosa na voz de Beth Carvalho; Folhas secas, de outro mestre do instrumento, Nelson Cavaquinho; e Coração em desalinho, de Monarco, e eternizada por Zeca Pagodinho.
Depois dessa primeira sessão “raízes do samba”, entra em campo uma composição própria do Samba de Rainha: Vivendo o samba, faixa que dá nome ao segundo disco – que, explica Núbia, é assim intitulado “porque agora a gente vive disso”.
A segunda parte do show tem peso, em mais de um sentido da palavra: duas canções imortalizadas por Clara Nunes, O mar serenou e Conto de areia, ponto alto do show para muitos. Na seqüência vem No mesmo manto e Sorriso aberto, da diva Jovelina Pérola Negra – que, na condição de “rainha”, como Clara Nunes e Dona Ivone Lara, inspirou a escolha do nome para a banda.
Depois será a vez de outro bamba: João Nogueira, que terá as canções Mineira e Guerreira entoadas por Núbia. Ambas as canções foram feitas para a saudosa Clara Nunes, em parceria com o marido da ex-sambista, Paulo César Pinheiro. Em seguida, mais um samba compartilhado em família: Reconvexo, de Caetano Veloso, impecável na voz da irmã Maria Bethânia.
Três divas de primeiro time dão seqüência ao set list. Eu bebo sim, samba de Elisete Cardoso gravado à exaustão por diversos cantores e grupos, nos mais variados estilos; Não deixe o samba morrer, sublime na interpretação da “marrom” Alcione, e igualmente reverenciado; e Tristeza pé no chão, de Clara Nunes.
E aqui, nova “pausa” para uma incursão autoral: É pomba, mané!, música “incidental” do Samba de Rainha que nasceu em uma confusão da vocalista Núbia quando, na praia de Juqueí, litoral norte de São Paulo, uma pomba foi confundida com gaivota. Mas a percussionista Aidée estava para corrigir a colega, com a simpática expressão que deu nome à canção.
Satisfação garantida
Na etapa final do show, um pou-pourri com cinco pérolas do grupo Fundo de Quintal, começando com Vai lá, vai lá e Ô, Irene. Três sambas imortalizados por Zeca Pagodinho (Vou botar teu nome na macumba; Vai vadiar; e Deixa a vida me levar) dão seqüência à noite de bambas. Aí sim, diz Núbia, a banda “dá uma aliviada” no acelerador, e o ritmo “dá uma caidinha para a galera descansar um pouquinho”. Mas nada que dê sono, graceja a cantora.
Eis a relação samba lounge, com pegada pagode: Retalho de cetim, de Benito de Paula; Mal acostumado, do grupo Araketu; e Mel na boca, de Almir Guineto. E a terceira e última música assinada pelo Samba de Rainha, Au revoir. Assim mesmo, com esse ar parisiense. Coisa fina.
As quatro músicas de encerramento são: Zé do caroço, conhecida na voz Leci Brandão; Samba de arerê e Vou festejar, magistralmente cantadas por Beth Carvalho. E, por fim, aparece o veio “rock-urbano” das meninas de Sampa na genial versão da clássica Satisfaction, dos Rolling Stones, em cujo refrão, quase que imperceptivelmente, os acordes roqueiros dão lugar ao frenético compasso da percussão brazuca. Mick Jagger há de conhecer as meninas…
A premiação
Todos os 42 finalistas deste ano serão homenageados, em cerimônia a ser realizada na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A solenidade da terceira edição do Prêmio Congresso em Foco será realizada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, em 1º de dezembro.
As atrações musicais prometem: Samba de Rainha, grupo de “samba de raiz” formado por sete belas mulheres paulistanas; e as picapes do DJ Barata, músico e baterista brasiliense e um dos “sócios” do Projeto Criolina.
Os três primeiros colocados na Câmara e no Senado, de acordo com a votação na internet, receberão um troféu, especialmente feito pela artista plástica Suzana Gouveia.
Os classificados entre a quarta e a décima posição em cada Casa legislativa (Câmara ou Senado) receberão placas de homenagem. Pela primeira vez, a mesma honraria será entregue aos vencedores da consulta feita entre os jornalistas – o senador Cristovam Buarque e o deputado Gustavo Fruet – e ao parlamentar que mais se destacou na promoção da Justiça e no combate à corrupção, na avaliação do internauta – Pedro Simon. Todos os demais parlamentares submetidos à votação na internet, após passarem pelo "pente fino" dos jornalistas que cobrem o Congresso, receberão diplomas.
Objetivos
Patrocinado pela Brasil Telecom e pela Petrobras, o Pr&
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