29/06 – Instalação da CPI, com a presença do pugilista Acelino “Popó” de Freitas.
30/06 – Eleição do presidente e dos vice-presidentes da comissão.
06/07 – Aprovada a convocação de Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil exonerado em 13 de fevereiro de 2004, e Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, empresário de jogos lotéricos e conhecido bicheiro de Goiás supostamente beneficiado por Waldomiro Diniz. Na reunião administrativa, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) demonstra preocupação com os rumos da CPI.
13/07 – Reunião administrativa e depoimento de Carlinhos Cachoeira. Convocação de José Vicente Brizola, ex-diretor da Loteria do Estado do Rio Grande do Sul (Lotergs) durante o governo de Olívio Dutra, do PT (1999-2002).
19/07 – Quebra de sigilo de vários personagens envolvidos em denúncias: Rogério Buratti, secretário de governo de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), de 1993 a 1994, Carlinhos Cachoeira, Antônio Carlos Lino da Rocha, ex-presidente da Gtech, Marcelo José Rovai, ex-diretor de marketing da Gtech, Enrico Gianelli, ex-advogado do escritório que prestava serviços à Gtech, Denivaldo Henrique Almeida Araújo, advogado petista, amigo de Gianelli, Elza Gonçalves Buratti, esposa e sócia de Rogério Buratti. O ex-diretor da Lotergs José Vicente Goulart Brizola depõe na CPI e afirma que o PT o obrigava a fazer caixa dois de campanha. “Quando dirigi a Lotergs, fui pressionado pela ex-senadora Emília Fernandes (PT) e por seu filho Carlos Fernandes para angariar recursos junto a concessionários públicos de loterias para a campanha eleitoral da chapa majoritária do PT em 2002.”
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21/07 – Depoimento dos procuradores da República Celso Três, José Pedro Taques e Ronaldo Meira de Vasconcelos, que explicaram como investigavam, em seus estados, as casas de jogos.
02/08 – Depoimentos de Sérgio Canozzi, empresário gaúcho, e Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança. Luiz Eduardo revelou que o então assessor Waldomiro Diniz “era peça importante” na estrutura da Casa Civil da Presidência da República, sob o comando do ex-ministro José Dirceu.
04/08 – Antônio Carlos Lino da Rocha, ex-presidente da Gtech, e Marcelo Rovái prestam depoimentos à Comissão. Rovai afirmou à CPI que Rogério Buratti, a mando de Waldomiro Diniz, exigiu propina de R$ 6 milhões para que a Gtech renovasse, no início de 2003, o contrato com a Caixa Econômica Federal (CEF). O presidente e relator da comissão estiveram no Banco Central a fim de obter informações sobre a quebra de sigilo.
09/08 – Depoimentos de Rogério Buratti e José Luiz do Amaral Quintans, funcionário da Caixa que manteve contatos com Waldomiro Diniz. Ambos rebateram as acusações feitas de tráfico de influência e cobrança de propina. Enrico Gianelli, ex-advogado da Gtech, não compareceu ao depoimento, desobrigado por liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal.
10/08 – Depoimentos de Marcelo Coelho de Aguiar, um dos donos da MM Consultoria Ltda e Walter Santos Neto, primo e sócio do Marcelo Aguiar na MM. A empresa recebeu mais de R$ 2 milhões da Gtech.
11/08– Convocados Alejandro Viveiros Ortiz, empresário de máquinas caça-níqueis e bingos e suspeito de ligações com a Máfia italiana, e de Johnny Ortiz, irmão de Alejandro e que atua no mesmo ramo. Eles ainda não depuseram na CPI.
17/08 – Depoimento de Valderi de Albuquerque, ex-presidente da Caixa, que negou ter conhecimento de qualquer tipo de irregularidade durante sua gestão à frente da estatal, entre 04 de abril de 2002 e 16 de janeiro de 2003. Foi neste período que a Caixa renovou por três meses o contrato com a multinacional do ramo lotérico GTech Brasil.
18/08 – Depoimentos de Mário da Cunha Haag, ex-vice-presidente de Logística da Caixa, Paulo Roberto Paixão Bretas, atual ocupante do cargo, e do ex-superintendente de Projetos Especiais da Caixa Carlos Cartell. Haag disse à CPI que a Caixa não precisava renovar por 25 meses – como ocorreu – o contrato com a Gtech, destinado ao gerenciamento do sistema de informática e de tecnologia das loterias federais. Aprovados requerimentos de convocação de João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel e de João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, que se encontra preso no Uruguai.
23/08 – Lucas Furtado, procurador junto ao Tribunal de Contas da União, não pôde comparecer para depor. Seu depoimento fio adiado para 27 de setembro. Furtado é o autor de estudos e pareceres resultantes de análise e investigações sobre os contratos celebrados entre a CEF e a Gtech.
25/08 – Depoimento de Rogério Buratti, que negou ser um operador do PT, mas confirma denúncias de irregularidades na prefeitura de Ribeirão Preto durante a gestão de Antonio Palocci.
30/08 – Depoimento de Enrico Gianelli. No depoimento, Gianelli, acusado de ser o principal intermediário no suposto processo de contratação de Rogério Buratti para atuar em nome da Gtech perante à Caixa, negou que tenha recebido qualquer tipo de propina “ou vantagem indevida” de Buratti.
31/08 – Depoimento de Juscelino Dourado, chefe-de-gabinete do ministro Palocci, e negou ter intermediado qualquer pedido de Rogério Buratti junto ao ministério referente à renovação do contrato.
01/09 – Depoimento de João Francisco Daniel. O irmão de Celso Daniel informou que o chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, sabia do esquema de corrupção em Santo André.
13/0 9– Depoimentos da deputada estadual Cidinha Campos (PDT-RJ) e Denivaldo Henrique Almeida Araújo. Cidinha Campos fez acusações contra o ex-deputado Carlos Alberto Rodrigues Pinto (PL-RJ), mais conhecido como Bispo Rodrigues. “O Bispo Rodrigues era o chefe de Waldomiro Diniz e sempre controlou todo o esquema de corrupção. Aliás, o chamado mensalão começou na Alerj. Todos os deputados tinham que dar dinheiro ao Bispo Rodrigues. Aqueles que não deram ou se rebelaram, perderam os mandatos ou foram mortos, a exemplo do deputado Valdeci Paiva de Jesus, assassinado a mando do bispo”.
14/09 – Convocação de Bispo Rodrigues. Depoimento dos delegados do caso Celso Daniel.
15/09 – O chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, depõe a portas fechadas à CPI. Depois de encerrado, os senadores divulgaram que Carvalho negou as acusações que integrava um esquema de arrecadação de propinas na prefeitura de Santo André.
20/09 – Em conjunto com as CPIs dos Correios e do Mensalão, a CPI dos Bingos ouviu o doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona. Ele admitiu que chegou a trocar dólares por reais para o Partido dos Trabalhadores, na campanha eleitoral de 2002.
21/09 – Depoimento de Bispo Rodrigues, que negou todas as acusações de Cidinha Campos. Com a voz embargada, o ex-deputado negou aos membros da CPI que tenha mandado matar o ex-deputado estadual Valdeci Paiva de Jesus (PL-RJ), assassinado com 19 tiros no dia 24 de janeiro de 2003.
26/09 – Comissão cogita possibilidade de investigar a “máfia do apito” no futebol.
27/09 – Depoimento de Luciano André Maglia, ex-gerente financeiro da Vilimpress Indústria e Comércio Gráficos Ltda. Em 29 de agosto, em depoimento à Polícia Federal em Ribeirão Preto, denunciou um esquema de caixa dois de campanha do PT, comandado por Juscelino Dourado e Donizete de Carvalho Rosa, atual diretor-superintendente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
27/09 – Depoimento de Lucas Furtado, adiado de 23 de agosto. Em seu depoimento, o procurador disse que a Caixa Econômica tornou-se refém da multinacional Gtech.
04/10 – Depoimento do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), advogado designado pelo partido para acompanhar as investigações da morte de Celso Daniel. Sustentou que a morte do ex-prefeito de Santo André foi um crime comum.
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