Os cinco deputados que respondem ao processo criminal do mensalão irão depor à Justiça Federal, em Brasília, nos próximos dias 17 e 18. No primeiro dia, serão ouvidos pela juíza Maria de Fátima Costa, da 10ª Vara Criminal, os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP). Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Paulo Rocha (PT-PA) serão interrogados no dia seguinte.
Os parlamentares fazem parte do grupo dos 40 réus envolvidos no caso do mensalão. O primeiro acusado a prestar esclarecimentos à Justiça deve ser o ex-presidente do PP Pedro Corrêa (PE), deputado cassado. O depoimento dele está marcado para o dia 14, em Recife. Corrêa deveria ter sido ouvido em novembro, mas o interrogatório foi adiado porque o ex-deputado não foi encontrado a tempo.
Ontem, por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido feito pela defesa de nove réus que queriam ser ouvidos pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão. Entre os acusados que tiveram o pedido negado, estão o empresário Marcos Valério, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o deputado José Genoino.
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O Supremo entendeu que todos os réus deverão ser ouvidos por juízes federais. Ainda ontem, os ministros acolheram parcialmente recurso do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), deputado cassado, e do ex-tesoureiro informal do partido Emerson Palmieri. Os advogados de Jefferson e Palmieiri pediram que os depoimentos de seus clientes fossem tomados em datas não coincidentes para que eles pudessem acompanhar os dois casos.
O Plenário do STF entendeu que quando os interrogatórios dos 40 envolvidos, a serem presididos por juízes federais em oito estados, forem realizados em estados diferentes, sejam marcados com intervalos de pelo menos um dia. (Edson Sardinha)
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