O grupo se queixou do tratamento que recebeu do evento. O deputado Arthur Maia (PPS-BA) foi escolhido para apresentar questão de ordem sobre os motivos que levaram a delegação brasileira a ser colocada, por determinação do cerimonial, na última fileira do espaço onde se deu o encontro. No momento da fala, a diretora do evento desligou o microfone, atitude que incentivou o protesto da bancada. Cerca de 17 deputados brasileiros se retiraram da sala de reuniões. Permaneceram no recinto apenas Benedita da Silva (PT) e Jean Wyllys (Psol-RJ).
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Arthur Maia faria críticas à postura do presidente do Parlasul, que usou a estrutura da instituição para emitir uma nota afirmando que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff “é um golpe parlamentar”. “Nosso país foi desrespeitado. É um tratamento que ofendeu nossa delegação. Vamos levar o caso ao plenário do Parlasul”, avaliou o deputado baiano.
Comentários de bastidores apontam que o intuito de Jorge Taiana é aprovar uma nota conjunta contra o impeachment da presidente Dilma. A oposição brasileira e membros de países que respeitam a soberania do Brasil prometem rechaçar o golpe do presidente que, em nota oficial divulgada no site do Parlasul, já havia considerado o processo de impeachment como um “golpe”.
“O Mercosul não pode entrar em assuntos internos do Brasil chamando o impeachment de ‘golpe parlamentar’. Inaceitável”, disse o deputado Benito Gama (PTB-BA). “Até mesmo a senadora, Lídice da Mata [PSB-BA], que manifestou-se contrária ao impeachment, foi solidária com a delegação, saindo da reunião”, acrescentou o deputado.
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