Em café da manhã hoje (16), o deputado Sarney Filho (PV-MA), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara, pediu à ministra Marina Silva que adie a entrada em vigor da medida provisória que dividiu o Ibama e criou o Instituto Chico Mendes. Com a reestruturação, o novo instituto ficou responsável pela análise e concessão de licenciamentos ambientais.
Para Sarney Filho, a MP 366/07 precisa ser alterada. A frente, segundo o ele, considera a reestruturação do Ibama uma medida positiva, mas pede seu aperfeiçoamento e discussão. "Concordamos com o conteúdo da proposta, mas não estamos de acordo com a forma de MP", disse.
Durante o café, Marina voltou a afirmar que as mudanças no Ibama nada têm a ver com a demora do instituto em conceder o licenciamento ambiental para a construção de duas hidrelétricas no rio madeira, obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Se fosse feita antes, teriam dito que era por causa do rio São Francisco. Mas, como está sendo feita, agora dizem que é por causa do rio Madeira", avaliou.
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Ontem, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o presidente Lula criticou os funcionários do Ibama, em greve desde segunda-feira contra a criação do Instituto Chico Mendes. Lula, que queixou-se da demora do licenciamento das obras do PAC em reunião recente do Conselho Político, disse que não há motivos para a paralisação, que demonstraria apenas medo de mudanças. (Carol Ferrare)
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