Após o Senado e a equipe econômica do governo Dilma Rousseff anunciarem sugestões para superar a crise com medidas de austeridade, contidas na chamada Agenda Brasil, partidos governistas da Câmara lançam a “Pauta da Virada”. Pensada principalmente pelo PT, a agenda é composta por propostas que, em sua maioria, elevam os gastos públicos. As informações são da Folha de S.Paulo.
Entre as legendas que assinam o documento, figuram-se o PP, PR, PSD, PROS, PRB e PCdoB. No manifesto, dizem que esperam colaborar com a agenda negociada entre o governo e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Contudo, conforme informa a reportagem, a intenção é criar um constrangimento político ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o jornal, eles tentam passar a mensagem que a Casa não é patrocinadora da “pauta-bomba”.
No entanto, entre os 26 itens apresentados como solução à crise, há sugestões que seguem a mesma filosofia da referida pauta de Cunha: aumento dos gastos governamentais. A agenda dos deputados propõem, por exemplo, ampliação de recursos para cultura, saúde, educação, pesquisa científica, mobilidade, moradia e saneamento básico, além de construir políticas para as carreiras e remuneração dos servidores públicos.
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“Essa não é uma peça de marketing, são propostas efetivas para o país”, discursou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no ato de lançamento. Ele negou que o documento possa alimentar as “pautas-bombas” no plenário da Casa. “Vamos discutir se [projetos específicos] elevam ou não elevam os gastos. O importante é abrir o diálogo. Mas não podemos criar expectativa de novos gastos”, afirmou.
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