O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou há pouco um reajuste de R$ 9.184,38 na verba de gabinete dos parlamentares. Atualmente, cada um dos 513 deputados têm direito a R$ 50.815,62 para serem gastos no pagamento de assessores. Com o aumento, eles passarão a receber R$ 60 mil a partir desse mês.
A decisão da Mesa Diretora da Câmara tem por base as perdas com a inflação dos últimos anos. De acordo com Chinaglia, o aumento é para recuperar os salários dos servidores de gabinetes dos deputados, que não recebem reajuste desde 2005.
O petista afirmou que o reajuste não terá impacto nas contas públicas, pois o dinheiro virá na venda da folha de pagamento dos funcionários da Câmara. "Nós fazemos as coisas às claras. Não vamos gastar um centavo do dinheiro público", declarou.
De acordo com o regimento da Casa, os parlamentares podem contar com no mínimo cinco e no máximo 25 assessores. O valor mensal gasto com esse benefício chega a R$ 26 milhões.
Além de receberem recursos para contratar assessores, os deputados também contam com verba indenizatória. O dinheiro é usado pelos parlamentares para ressarcir despesas com combustível, locomoção (diárias e refeições, por exemplo), divulgação do mandato, consultorias, aluguel de escritórios políticos, material de expediente, serviços de segurança e assinatura de publicações, TVs a cabo, internet e programas de computador.
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