A proposta do relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), de quebrar o sigilo contábil do diretório do PT nacional acirrou a disputa entre governistas e oposicionistas dentro da CPI dos Correios. O pedido de quebra de sigilo partiu dos consultores e técnicos da comissão, que desconfiam que as informações provenientes das quebras de sigilo bancário e fiscal do partido do presidente Lula estejam incorretas.
Em contrapartida, os petistas pediram imediatamente a Serraglio a quebra do sigilo de outros partidos, como o PSDB. "A resistência (dos petistas) é porque pareceria que eu estaria incidindo sobre o PT. Como o pedido tem conotação política, talvez tenha que aceitar os pedidos do PT e equilibrar isso", disse o relator. Para serenar os ânimos e não gerar novas disputas internas, o debate sobre o assunto foi adiado para a semana posterior ao Carnaval.
Na sessão administrativa desta quarta-feira, quando seriam votados requerimentos polêmicos como a quebra do sigilo do PT e a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, poucos parlamentares apareceram, e não houve quórum para votações.
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