Os deputados federais Paulo Teixeira (SP) e Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara dos Deputados, pretendem concorrer ao comando do Partido dos Trabalhadores. Os dois querem ser alternativa a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que é candidata à reeleição.
Os dois deputados visitaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 31 de agosto, na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde o petista está preso.
Um dos vice-líderes da minoria da Câmara, José Guimarães (CE), elogiou as candidaturas concorrentes de Gleisi, mas afirma que vai apoiar a deputada federal do Paraná.
A paranaense é a principal porta-voz de Lula fora da prisão e sua escolhida para permanecer no comando do partido.
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Antes das candidaturas dos deputados serem anunciadas, Gleisi afirmou em agosto ao Congresso em Foco que o PT sempre teve disputa nas eleições partidárias e que acha saudável que várias pessoas postulem ao cargo.
PublicidadeO deputado Carlos Zarattini (SP) afirmou ao Congresso em Foco que o nome de Paulo Pimenta é quem tem mais condições de enfrentar Gleisi na disputa interna do PT.
“Se formarmos uma aliança mais ampla vamos apoiá-lo. Eu espero que estejamos todos unidos com apenas uma candidatura”, declarou o deputado paulista, que já foi líder da bancada na Câmara.
O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), não definiu quem irá apoiar na disputa pelo comando de seu partido.
Aliados próximos avaliam que “tem muita água ainda embaixo da ponte”, mas que o ex-ministro da Educação deve tornar pública sua posição antes das eleição que vai definir o novo diretório nacional no dia 24 de novembro.
Desde o fim das eleições presidenciais de 2018, quando Fernando Haddad (PT) perdeu no 2º turno para Jair Bolsonaro, cresceu a vontade de um grupo petista a favor que o ex-prefeito de São Paulo ocupe um papel de destaque na sigla.
A vontade desse setor foi vocalizada em uma carta escrita pelo presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, na qual ele defende Haddad na presidência do PT.
No entanto, esse movimento não contou com o aval de Lula e o próprio ex-ministro da Educação não se esforçou nas articulações para viabilizar sua escolha.