Substituído de última hora na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Delegado Waldir (PR-GO), protestou contra sua substituição aos gritos no início da sessão em que Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) apresentou parecer favorável pela admissibilidade da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
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O deputado afirmou que estava “revoltado” por ter sido trocado e acusou o PR de vender sua vaga, recebendo liberação de emendas parlamentares em troca da substituição de Waldir, que votaria a favor da admissibilidade da denúncia.
Aos gritos de “lixo de governo”, o goiano afirmava que, após passar dois anos e meio na CCJ, tomava consciência pela imprensa de que “não presta”. “Eu não vendo meu voto, não troco por cargos, por emendas”, afirmou aos gritos no plenário da CCJ.
Veja no vídeo:
Segundo Waldir, primeiro foram liberados R$ 3 milhões em emendas parlamentares, e depois mais R$ 5 milhões em um espaço de dois dias. Ele afirmou que recebeu uma ligação na quarta-feira (5) para comunicar a liberação da verba. No dia seguinte, outros R$ 5 milhões. “Presente”, ironizou.
Ele afirmou ainda que não foi o único a ser “agraciado” com uma conduta que avaliou ser obstrução de justiça. “Eu sei que nas últimas semanas, houve um caminhão de liberação de emendas”, afirmou aos jornalistas.
Waldir disse que é um membro titular ativo da CCJ e que chegou de seu estado diretamente para a reunião da comissão, quando foi surpreendido pela substituição “sem justificativa”. Outros três deputados do PR foram substituídos: Jorginho Mello (SC) por Laerte Bessa (DF), Marcelo Delaroli (RJ) por Magda Mofatto (GO) e Paulo Freire (SP) por Milton Monti (SP). Bilac Pinto (MG) entrou no lugar do Delegado Waldir.
O baiano José Rocha, líder do partido na Câmara, rebateu as acusações do companheiro de legenda e afirmou que Waldir mente quando diz que só soube hoje da substituição. Rocha afirmou que o avisou ontem e que ficou de conversar com o colega hoje, mas ele não apareceu.
O líder do partido também lançou acusações contra Waldir, sugerindo que a reportagem do site Uol que perguntasse ao goiano sobre o “cargo que ele recebeu do governo na Superintendência do Patrimônio da União em Goiás (SPU/GO) para saber se ele se vendeu”.
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