Reportagem publicada hoje no jornal O Globo diz que o deputado Vadão Gomes (PP-SP) quintuplicou o patrimônio em quatro anos. A análise foi feita nas declarações de bens entregues à justiça eleitoral. Em 2002, Vadão informou que seus imóveis, fazendas, veículos e aplicações financeiras totalizavam R$ 7,1 milhões. Este ano, o parlamentar, que foi absolvido no processo de cassação na Câmara e é candidato à reeleição, declarou possuir bens no valor total de R$ 35,7 milhões.
O repórter Evandro Éboli, que assina a matéria, diz na matéria que o deputado é dono de um grupo que reúne empresas de transportes, de agropecuária e um frigorífico. Vadão Gomes foi citado por Marcos Valério no Ministério Público como recebedor de R$ 3,7 milhões. O relator de seu processo no Conselho de Ética foi o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), que defendeu o arquivamento do caso.
De acordo com a reportagem, o bem de maior valor declarado por Vadão é o Frigoestrela, avaliado em R$ 9,8 milhões, localizado na cidade de Estrela D’Oeste, interior de São Paulo. Em 2002, o frigorífico valia R$ 748 mil.
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Vadão também é dono de dois aviões que não foram declarados, porque esses bens integram o capital da sua firma Vadão Transporte, declarada no valor de R$ 1,4 milhão.
À reportagem, o deputado disse que aumentou seu patrimônio por conta da distribuição de lucro das suas empresas. No total, o grupo é formado por 12 empresas e tem cerca de 5 mil empregados.
"Esse aumento é fruto do lucro, da rentabilidade das minhas empresas. É normal. Não há nada de mais e é tudo legal", disse o deputado.
O deputado disse ainda que usa a verba de gabinete repassada pela Câmara, em torno de R$ 50 mil, para pagar seus funcionários. Vadão disse que os salários deles são pagos com recursos próprios.
"Pode olhar lá na Câmara. Tem uma sobra minha de R$ 300 mil por ano. Um dinheiro público que não uso", afirmou Vadão. O deputado também disse que doa o salário de recebe como parlamentar todo mês, R$ 12.847,00, a instituições de caridade.
O autor da reportagem informou que no site da Câmara não foi possível verificar quem usou ou não a verba de gabinete.
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