Feliciano também foi questionado se considerava possível para um homem sentir prazer com sexo anal. “Com certeza, tem homens que têm tara por ânus, sim. Eu não entendo muito dessa área porque nunca fiz, graças a Deus, e espero nunca fazer, porque parece que quem faz não volta mais. [Risos]. Deve ser uma coisa tão estranha…”.
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A edição da revista com a entrevista chegará às bancas amanhã. Pastor evangélico, Feliciano presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara em 2013.
A gestão de Feliciano foi marcada por protestos antes mesmo de sua posse, criticada por grupos que o acusavam de ser homofóbico e racista. Mas, devido à exposição que teve no período, o deputado discute a possibilidade de se lançar ao Senado nestas eleições.
O deputado já declarou que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e à rejeição. Também já criou polêmica ao escrever que “os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé” e que essa maldição é que explica o “paganismo, o ocultismo, misérias e doenças como ebola” na África. Por causa dessas declarações, virou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em abril do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou parecer pelo recebimento da denúncia. Caso os ministros aceitem a recomendação, Feliciano passará a responder como réu de uma ação penal que pode lhe render até três anos de prisão e multa. O caso é relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, a quem caberá examinar, inicialmente, o pedido da PGR. O recebimento da denúncia, ou seja, a reautuação do inquérito (procedimento preliminar de investigação) em ação penal (processo) depende, porém, da aprovação da maioria dos ministros do Supremo.
Cura gay
Durante seu mandato de presidente, encerrado no final do ano passado, a Comissão de Direitos Humanos aprovou propostas como a que permite a psicólogos promoverem tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade. Conhecido como “cura gay”, o projeto acabou arquivado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Em outubro, a comissão aprovou também o projeto que livra os templos religiosos, padres e pastores de serem enquadrados na lei de discriminação se vetarem a presença e participação de pessoas “em desacordo com suas crenças”.
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