Preso na semana passada pela Polícia Federal na Operação Castelhana, o deputado federal eleito Juvenil Alves (PT-MG) deixou nesta madrugada a superintendência da PF em Belo Horizonte, onde ficou detido sob suspeita de ocultar o patrimônio de empresas em débito com o Fisco, por meio de operações fiscais e financeiras irregulares. O deputado eleito alega inocência.
O prazo de sua prisão temporária, decretada para impedir uma possível obstrução das investigações, acabou à meia-noite de ontem. Segundo Renato Moreira, advogado de Alves, o Ministério Público Federal tentou ontem prorrogar a permanência de Alves na Superintendência da PF, mas a juíza da 4ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais indeferiu o pedido.
Dono da maior votação do PT em Minas entre os candidatos do partido à Câmara, com 110.651 votos, Juvenil admite deixar espontaneamente o partido, ao qual se filiou há dois anos.
Segundo as investigações, as fraudes cometidas pelo grupo desbaratado chegam a R$ 1 bilhão e consistiam em desviar dívidas tributárias milionárias por meio de abertura de "offshores" (empresas sem identificação dos sócios) no Uruguai e na Espanha.
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