Após vários parlamentares reclamarem do trabalho desenvolvido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nas investigações sobre a Operação Lava Jato, o deputado Carlos Marun (PMDB-RS) afirmou que irá protocolar um requerimento na CPI da Petrobras pedindo a convocação de Janot para prestar esclarecimento sobre os critérios utilizados para incluir nomes na lista de políticos investigados.
O presidente da Câmara , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi o primeiro a reclamar da abertura de inquérito durante seu depoimento da CPI da Petrobras. Na manhã desta quinta-feira (12), ele classificou a peça acusatória de Janot como “leviana” e “pérola”. Ele se diz alvo de uma “investigação seletiva”.
Já o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) afirmou que o pedido de abertura de inquérito pela PGR seria uma forma de tentar atingir a Câmara. “Mas (os investigadores) não irão atingir em hipótese alguma”, disse. O petebista foi além e declarou que a abertura de investigação contra 22 deputados e 12 senadores no exercício do mandato é uma “tentativa espúria” de forjar fatos para incriminar parlamentares.
“A fragilidade nas acusações deixa claro que Vossa Excelência foi escolhido, com todas as letras, para ser investigado”, disse o líder do PSC, André Moura (PE) ao presidente da Câmara durante a sessão da CPI.
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Durante seu depoimento aos parlamentares, Cunha rebateu as acusações de que foi beneficiário do esquema de desvios de recursos da Petrobras ou que recebeu doações ilegais de campanha. Ele também negou que tenham entregado dinheiro em espécie na sua residência, no Rio de Janeiro. Durante as investigações, os procuradores apontam que Cunha recebeu dinheiro do esquema na sua casa por meio do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, e que também teve doações de campanha da Camargo Corrêa, que seriam, na verdade, fruto dos desvios de recursos da Petrobras.
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