O presidente Michel Temer recusou nesta quarta-feira (25) a proposta feita pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MT) para tentar unificar as candidaturas de deputados governistas que disputam a presidência da Câmara. A sugestão do parlamentar, feita em audiência no Palácio do Planalto, foi uma tentativa de evitar danos políticos após as eleições internas marcadas para o dia 2 de fevereiro. O congressista receia que a campanha interna possa gerar consequências que dificultariam a aprovação de matérias de interesse do Planalto na Casa. “Vamos ter que adotar um processo de contenção de danos depois das eleições. Quem perder vai ficar com mágoa do governo”, argumentou Marun.
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Os candidatos governistas Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição, e o líder do PTB, Jovair Arantes (PTB-GO), são os dois principais concorrentes. Após muita pressão do Planalto e de setores do governo, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), suspendeu nesta quarta-feira (25) sua campanha à espera de uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade da recandidatura de Rodrigo Maia.
Segundo Marun, o presidente receia que, ao interferir na eleição da Câmara, possa aprofundar a crise latente que a Casa vive entre os partidos da base de apoio parlamentar ao governo. “Sugeri que o presidente chamasse o Rodrigo Maia e Jovair para uma reunião e sugerisse a unificação das candidaturas em nome da união da base governista, mas ele não aceitou”, contou Marun.
O Palácio do Planalto sempre negou que Temer ou seus ministros mais próximos apoiassem algum nome para a presidência da Câmara. Partido do presidente, o PMDB não tem candidato ao posto e há divisões na bancada. Os ministros de Temer estão divididos entre o apoio a Rodrigo Maia e Jovair. O ministro do Trabalho, o deputado Ronaldo Fonseca (RS), apóia a candidatura de Jovair. O colega da Educação, Mendonça Filho, que também é deputado, faz campanha para Rodrigo Maia.
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