O líder do Democratas (DEM) no Senado, Ronaldo Caiado (GO), entregou representação contra a presidente Dilma Rousseff na Procuradoria Geral da União questionando o uso indevido do aparato presidencial para uma visita de caráter pessoal na tarde de hoje (segunda, 7). A legenda apresentou ação de improbidade administrativa. Dilma saiu de Brasília para fazer uma visita de solidariedade ao ex-presidente Lula, conduzido coercitivamente para depor pela 24ª fase da Operação Lava Jato na sexta-feira (4), na casa dele em São Bernardo do Campo.
Caiado avaliou ainda que a viagem para prestar apoio a uma pessoa que está sob investigação na Lava Jato é uma “afronta à sociedade brasileira”. O parlamentar acredita que a presença de Dilma na varanda com Lula foi “um fator estimulador da desobediência civil e desrespeito às normas jurídicas do Brasil”.
“Não é só o gasto a mais em momento que ela exige cada vez mais arrecadação de tributos. Ela desrespeitou o povo brasileiro e ainda se beneficiou das prerrogativas do cargo, que é de presidente, e não de apoio ao Lula. No momento que ela utiliza aparato do governo ela contraria as normas legais. Ali ela não está representando o estado brasileiro. Ali era decisão de ordem pessoal, ideológica”, disse o senador.
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Em notas divulgadas no domingo (6), Democratas (DEM) e Solidariedade afirmaram que acionariam a Justiça contra a governante ao longo desta semana. As lideranças do DEM no Senado e na Câmara avisaram que também vão entrar com representação contra o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner na PGR. A legenda quer calcular o gasto total do uso do avião presidencial no deslocamento até São Paulo, além dos gatos com pessoal ligado à comitiva e dos deslocamentos feitos com helicóptero.
O deputado federal Fernando Francischini (Solidariedade/PR) também questionou o uso de recursos e dinheiro públicos na viagem realizada em solidariedade ao ex-presidente Lula. “Vou requerer na Justiça a devolução do dinheiro público utilizado. […] Avião, helicóptero, veículos, funcionários, todos da Presidência, utilizados para fins particulares em pleno sábado”, pontuou Francischini.
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