Em sua defesa divulgada hoje, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, afirmou que seu trabalho de captação de recursos “beneficiou a todos, que dele fizeram bom e silencioso proveito”. Acrescentou que “nunca” houve, no PT, campanha feita só com recursos contabilizados (à exceção da campanha de Lula) e que o caixa dois é “prática antiga e habitual no partido, pela qual jamais se viu uma punição”. A defesa foi divulgada na edição de hoje do jornal Folha de São Paulo, na coluna da jornalista Mônica Bergamo.
Em sua defesa, Delúbio diz que ele será expulso como “única forma possível de purgar culpas coletivas”. O ex-tesoureiro diz também, na nota, que não inventou o caixa dois petista, mas apenas arrumou solução para que despesas não-contabilizadas de outros, apresentadas a ele, fossem saldadas. A defesa, segundo a jornalista, diz ainda que os que o acusam de gestão temerária estão “querendo esquecer que a gestão nunca foi somente minha. Ao contrário, meus atos se deram para resolver problemas criados por decisões da direção do partido”.
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“Nunca é demais lembrar que, à exceção de Mato Grosso do Sul, Maranhão, Acre e Piauí, todos os Estados receberam recursos não-contabilizados”, acrescenta Delúbio em sua defesa. No entanto, o ex-tesoureiro afirma que não citará os correligionários que receberam seus recursos. “Tranqüilizem-se os que foram beneficiados pelo meu trabalho, pois seus nomes não brotarão de minha boca, ainda que o meu não saia das deles”, escreve Delúbio.
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