O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares não respondeu se recebeu autorização da direção do PT para contrair empréstimos nos bancos BMG e Rural, por intermédio do empresário Marcos Valério. Os empréstimos bancários são o principal argumento de Delúbio e Valério para justificar a origem dos recursos distribuídos para petistas e parlamentares da base aliada do governo. "Eu tinha uma autorização política. A responsabilidade é minha", disse ele há pouco, em depoimento à CPI dos Bingos.
Os integrantes da comissão questionaram por diversas vezes o ex-tesoureiro, que não respondeu se teve autorização ou não de uma terceira pessoa para negociar as operações bancárias com Marcos Valério. "O Genoino tinha conhecimento das dificuldades do PT", respondeu ele, sobre as responsabilidades do então presidente nacional do partido."Eu era responsável pela gestão financeira do PT e tinha autorização da diretoria para fazer a gestão das contas", disse. "Eu autorizei o Marcos Valério, numa relação de confiança, a fazer esses empréstimos", completou.
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Após repetir a pergunta por diversas vezes ao ex-tesoureiro, o presidente da CPI, o senador Efraim Morais (PFL-PB), disse: "a conclusão que eu chego é que o senhor teve delegação para fazer esses empréstimos, sozinho". "Essa é a conclusão do senhor", respondeu Delúbio.
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